Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Um Manual de Maus Costumes


A arbitragem que calhou aos dois jogos do Benfica com o Chelsea, para acesso às meias-finais da “Champions”, foi um verdadeiro manual, um compêndio da arte de arbitrar tendenciosamente, favorecendo um dos lados.

Um penalty perdoado ao Chelsea, no primeiro jogo e a expulsão do lateral direito do Benfica, ontem, em Stamford Bridge, aos 39 minutos, para além de variadíssimos cartões amarelos logo à entrada, de um jogo pacífico e sem grau de risco elevado, condicionaram e prejudicaram francamente uma das equipas, neste caso o Benfica.

Duas arbitragens habilidosas e facciosas empurraram o Benfica para a porta de saída da Liga dos Campeões. É pena que uma entidade como a UEFA, que se presume pugnar pelo desportivismo e pelo “fair-play”, permita este tipo de atuação por parte da arbitragem, em dois jogos consecutivos, de uma competição que deveria ser exemplar e estar acima de interesses mesquinhos. Afinal, não sei o que ganha ao premiar o Chelsea do multimilionário Roman Abramovich. Ou haverá alguma ligação e negócios com o senhor Rupert Murdoch, “owner” da cadeia de televisão BSkytB?

Não quero falar em presentes, longe de mim, mas que este é uma oferta que o Chelsea não merece, isso é verdade. O Chelsea jogou mal, vagaroso e com uma atitude sobranceira. Valeu-se do empenho e da garra de jogadores como Ramirez e David Luís, que souberam imprimir qualidade a esta equipa em fim de ciclo. Frank Lampard é uma sombra do Lampard dos tempos de Mourinho, quando marcava o ritmo e a cadência do Chelsea.

O Benfica jogou bem, mesmo com uma defesa de recurso, com um trinco e um lateral esquerdo como centrais; pressionou o adversário e durante largos minutos tomou conta do jogo e mesmo a jogar com dez, terminou a partida na área do Chelsea, procurando o golo.

De lamentar no Benfica a falta de um playmaker com fôlego para 90 minutos, porque Pablo Aimar, pese embora toda a sua qualidade, já não tem essa pujança; e principalmente, de um ponta de lança de categoria inquestionável, porque Cardoso não é definitivamente o goleador que o Benfica precisa e Nelson Oliveira e Rodrigo ainda não são os “strikers” para resolver um jogo na alta competição. O Benfica necessita de um verdadeiro homem de área, com mobilidade e sentido do golo, sob pena de construir seis ou sete oportunidades e não acertar na baliza do adversário.
                                                                          J.L.F.                                                                                                                 

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