Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Hino Nacional da Dinamarca


  SEE YOU LATER ALLIGATOR,
 AFTER A WHILE, CROCODILE
 so long, that´s all,
 goodbye




Massacre de golfinhos nas Ilhas Faroé




As baleias são animais sensíveis e sociais com um sistema nervoso altamente desenvolvido. Elas têm uma capacidade profunda de sofrimento, angústia, terror e dor. Todos os anos os moradores das Ilhas Faroe, na Dinamarca, matam baleias-piloto e outros pequenos cetáceos.

Primeiramente os moradores da ilha atraem as baleias para uma baía. A perseguição pode ser demorada. As baleias exaustas, confusas e apavoradas são eventualmente orientadas para o raso. Aqui começa o banho de sangue. Os habitantes da ilha repetidamente batem com martelos de 2,2 kg na polpa de cada baleia até que os ganchos consigam segurá-las. Uma faca de 15 centímetros é então utilizada para cortar através da carne até à coluna vertebral. Em seguida os principais vasos sanguíneos são cortados. A baía corada de sangue é então preenchida com baleias horrivelmente mutiladas e mortas.

Os moradores celebram a carnificina das suas vítimas, numa atmosfera de entretenimento. Ensinados a partir de uma idade precoce, as crianças muitas vezes recebem um dia de folga escolar para assistir à "diversão". Correm para a baía e escalam sobre as carcaças de baleias abatidas.

Anualmente cerca de 2.000 baleias são movidas para a terra e cruelmente abatidas nas Ilhas Faroe, a meio caminho entre as Ilhas Shetland e a Islândia. Durante séculos as Ilhas Faroe têm caçado baleias-piloto, levando grupos inteiros para as baías de matadouro, onde são atacadas por lanças pelos barcos, arrastados para a terra e massacradas com facas. Embora as ilhas sejam um protetorado da Dinamarca, elas têm seu próprio governo e regulamento sobre a caça de baleias-piloto ou "grind" como é conhecido.

Independentemente do fato de que o número de baleias-piloto no Atlântico Norte é desconhecidas e elas estão listadas como "estritamente protegidas" pela Convenção sobre a Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais Européia, este é um ato de barbárie e sem sentido. Ao abater 100 baleias de uma vez, os faroenses estão eliminando grupos e famílias inteiros. Eles estão retirando blocos do patrimônio genético das espécies e prejudicando a teia da vida no Atlântico Norte e no Mar do Norte.

Essa caça é uma prática abandonada em todos os outros lugares muitas décadas atrás, e já foi banida por outros Estados europeus. Os habitantes das Ilhas Faroe não têm necessidade de subsistência pela carne das baleias, e grande parte da carne é deixada para apodrecer e ser despejada, não pode ser exportada, visto que está poluída com metais pesados e outras toxinas e, portanto, não pode cumprir as normas da UE para a saúde alimentar humana.

De acordo com a legislação faroense também é permitido caçar determinadas espécies de pequenos cetáceos além de baleias piloto. Estes incluem: golfinhos de focinho de garrafa; o golfinho de bico branco do Atlântico; golfinhos brancos do Atlântico; e botos (Há também uma regulamentação específica para a caça de botos. Botos devem ser abatidos com espingardas)."

http://forum.cifraclub.com.br/forum/11/242621/

terça-feira, 13 de setembro de 2011

The Clayton Brothers: "Brother to Brother"

Gaddafi e a Guiné-Bissau




Não compreendo o comportamento de certos dirigentes africanos. Refiro-me á Guiné-Bissau e ao anúncio feito pelo seu Primeiro-Ministro, Carlos G. Júnior, de que estariam dispostos a receber Muammar al-Gaddafi, em reconhecimento pelos ajudas prestadas pelo deposto coronel ao país, no passado, em investimentos políticos e económicos.

Mas Carlos G. Júnior, ao fazer esta declaração, esquece que as condições mudaram e Gaddafi é hoje um homem procurado pela polícia internacional (Interpol), com um mandato de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional e cujo país, sob a sua direcção, está sujeito à intervenção militar da NATO com mandato da ONU. Além disso, a acreditar na imprensa mundial e não só, pois guiamo-nos pelo que diz Hillary Clinton, Barack Obama e a maior parte dos dirigentes ocidentais na coligação, Gaddafi é um torcionário, responsável pela morte de milhares de compatriotas seus e um ditador tresloucado, com o culto excessivo da personalidade, que mantinha presos centenas de opositores, que os submetia a tortura, que se perpetuou no poder quarenta anos e que não hesitou em delapidar as reservas de ouro do país, vendendo várias toneladas para financiar a queda do regime e a sua possível fuga, e dando cobertura aos desmandos dos filhos e da restante família.

Diz o P.M. da Guiné-Bissau que, uma vez que não assinaram a Convenção de Roma, estão livres para receber os seus amigos. Pois é, não assinaram mas deviam ter assinado! Também não assinaram a Carta das Nações Unidas e dos Direitos do Homem? E dos Direitos da Criança? E dos Direitos da Mulher? E dos Direitos das Nações?
Pois, mas ainda vão a tempo de assinar esses tratados, por que se regem as nações livres e modernas.

A Guiné, país que eu prezo e onde tenho bons amigos, tem sido falada nos últimos anos, pelos aspectos negativos da sua vida como nação. Foi o caso do brutal assassinato de Nino Vieira e não há dia nenhum que não se fale do tráfico de droga. Parece ter-se tornado a placa giratória do tráfico internacional de droga e o lugar privilegiado para operações clandestinas dos cartéis.

Agora anseia receber um criminoso de guerra, talvez fazendo contas ao dinheiro do ouro que pertence ao povo da Líbia e que “o grande amigo” promete distribuir de forma generosa; ou estarão pressionados pela OUA (Organização Unidade Africana), ou pela Liga Árabe, ou mesmo pelos EUA em troca de fechar os olhos ao tráfico? Sinceramente, não acredito nestes cenários, todos eles demasiado rebuscados.
Mas que se passa então com a Guiné-Bissau? Será que não há outra forma de viver senão permanentemente do lado selvagem da vida?

É caso para dizer, que sina é esta da Guiné.
José Luis Ferreira

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

As sentenças de Paulo Bento


O mundo do futebol está cheio de justiceiros, de fundamentalistas, de gente que nunca se engana, de atitudes, acções e sentenças incontestáveis e irreversíveis.
Não concordo nada com Paulo Bento e com o castigo de irradiação da Selecção Nacional que ele impôs a Ricardo Carvalho.

Numa primeira análise R. C. cometeu um grave erro ao abandonar o estágio da selecção. Por isso merece ser castigado. Não se compreende como um atleta do seu nível não se contém quando é contrariado. Não pode haver lugares cativos no seio da selecção. Disso toda a gente sabe. Depois, não contente com o que fez, dá uma conferência de imprensa onde se acha com kilos de razão. Não esperava isso do Ricardo.
P. B. militarista, responde, usa uma terminologia radical, quer lavar a sua  honra e a do país, chama-lhe traidor, desertor e outros epítetos dignos do perfil rígido de um general Patton, nas suas batalhas para libertar a Europa. Por detrás daquela imagem “light,” de lágrima no canto do olho, do seu discurso "dranquilo" e soporífico, esconde-se um indivíduo truculento e vingativo, useiro e vezeiro nestas andanças de pequeninos e miudinhos ódios e sentenças definitivas. No Sporting, tem um longo historial de atritos e de exclusões. Não se compreende como este seleccionador, inábil, não dá espaço a R. C. para que pense, reconsidere, se mostre arrependido e se retrate, como sucede em imensas latitudes da vida humana quotidiana. R. C.  é um futebolista de eleição, um dos melhores centrais do mundo, com 75 internacionalizações, não é um menino que chega agora à selecção, é um dos preferidos de José Mourinho e é, além do mais, um sujeito a quem não se conhecem excessos nem ostentações.

Por ser um veterano, tem mais responsabilidades, é verdade, mas também deve ser olhado de outra forma, com alguma complacência e não com a espada pronta a decepar-lhe a cabeça.

Dentro de alguns anos R.C. poderia receber os louros de uma vida desportiva e o reconhecimanto nacional. Não se ajuda a cair para o abismo alguém nestas condições e que sempre deu o melhor do seu físico ao serviço do país. Com menos esforço outros recebem comendas e faixas honoríficas.

É pena que a nossa “intelligentsia,” doutores, comentadores e jornalistas, alinhem todos pelo mesmo diapasão, e achem bem a sentença de P.B. Nenhum quer ficar mal com P.B. Se um dia as coisas correrem mal na campanha da selecção, serão os primeiros a lançar o seleccionador para a fogueira, para arder no fogo do purgatório.

O “staff” da Selecção Nacional de Futebol, não pode servir apenas para pavonear-se em hotéis de luxo, para mostrar os lindos cortes dos fatos da Fátima Lopes, andar pelas concentrações para louvar e servir de ama-seca ao Cristiano Ronaldo. Têm que estar atentos aos pequenos deslizes dos atletas, às suas quebras psicológicas e apoiá-los nos momentos menos felizes que porventura possam suceder, ou à bipolaridade momentânea a que qualquer homem ou mulher estão sujeitos.
O srs. Carlos Godinho e Amãndio de Carvalho (diretor e vice-presidente), estão há décadas ao serviço da Federação. Antes de P.B lá entrar. Têm plena autonomia para resolver qualquer assunto por mais delicado que ele seja. Conhecem os jogadores como conhecem as suas mãos. Não percebo como ninguém faz, nas horas seguintes à sua saída do hotel, um simples telefonema, ou vá procurá-lo, e aconselhe R.C. a regressar à sua casa que é a Selecção Nacional, para junto dos seus colegas e para junto, enfim, da sua família, do seu espaço privilegiado que é o espaço da selecção.

R.C. deve ser aconselhado a retratar-se, a pedir desculpas públicas aos seus colegas, ao treinador e ao país. Deve ser encontrado um caminho diplomático para que P.B. não perca a face após ditar a sua sentença. Mas parece-me que já é tarde, ninguém quer mexer uma palha.

Alguém disse uma vez, quando P.B. foi eleito seleccionador, que regressamos à idade da pedra. Quase me apetece concordar.

É desta forma execrável que se desbarata um valor nacional incontestável, como se abundassem por aí dezenas de R.C. O povo diz que só valorizamos condignamente os verdadeiros valores depois da sua morte; nada mais acertado, nada mais correcto.

Mas que dolorosa verdade.

José Luis Ferreira