Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Gekko quer vingança e prepara novo golpe em Wall Street 2


Na continuação do clássico dos anos 80, personagem de Michael Douglas sai da cadeia e envolve o próprio genro


Há 23 anos, o diretor e roteirista Oliver Stone criou um personagem emblemático. Gordon Gekko não apenas deu o Oscar para Michael Douglas. Desde que ele bateu na tela, nas pegadas da crise que assolou o sistema financeiro mundial em 1986, o público e os críticos imediatamente se deram conta de que se tratava de um ícone da nova "América" de Ronald Reagan. O filme era o que os norte-americanos chamam de morality play. Gekko era superado pelo discípulo, um predador econômico ainda mais astuto. Ia preso no fim, já que, hollywoodianamente, nenhum vilão, por mais sedutor que seja, tem direito de escapar incólume.
 Gordon Gekko está de volta. Na abertura de Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, ele está deixando a prisão. Volta para retomar seu lugar, e se vingar. No processo, ganha um novo discípulo, interpretado por Shia LeBeouf, casado com a filha (Carey Mulligan) que quer distância do pai. Gekko vai seduzir o garoto, armar novo golpe. Shia vai cair como um patinho, o que terá reflexos na união com Carey. E como vai reagir papai? Não existe cinema de Hollywood sem segunda chance, você vai ver.
'A ganância é eterna', diz o diretor Oliver Stone
Quando conversou com o repórter do Estado, sobre Ao Sul da Fronteira, Oliver Stone não se furtou a comentar também O Dinheiro Nunca Dorme. Para facilitar, é Wall Street 2. Ele contou que sempre foi muito cobrado, com Michael Douglas, para fazer uma sequência daquela história. "Se demorei todo este tempo - mais de 20 anos -, foi porque me faltava um elemento deflagrador." A crise financeira de 2008 foi o estopim que lhe faltava.
Stone recebeu uma saraivada de críticas por Ao Sul da Fronteira. Embora, como ele diz, o filme seja sobre os presidentes da América bolivariana, e não apenas Hugo Chávez, sua recusa em demonizar o dirigente da Venezuela o transformou em persona non grata de muita gente. Pode-se criticar Chávez e até considerá-lo um clown, mas como todo palhaço, isso lhe dá margem para dizer coisas sérias, que não devem ser desconsideradas. Após o ‘apoio’ a Chávez, as críticas de Stone ao capitalismo talvez o transformem num pária, o tipo de cineasta de ‘esquerda’ que a crítica (de direita?) só pensa em exorcizar.
"O sistema (econômico) é desumano, imoral", diz Stone. Por isso mesmo, no começo, o personagem mais íntegro da história - interpretado por Frank Langella, leia entrevista abaixo - comete suicídio. Mais tarde, Stone vai criar uma das cenas mais impressionantes (a mais?) de sua carreira. Ele já fez filmes sobre drogas, guerras. Desta vez, filma o equivalente norte-americano do último baile do império. Você já ouviu falar do famoso baile da Ilha Fiscal, em que a aristocracia, reunida em torno de d. Pedro II, dançava enquanto raiava a República. No filme de Stone, é um baile beneficente, para arrecadar fundos numa dessas campanhas humanitárias com que os poderosos lançam migalhas aos necessitados.
A câmera descreve um amplo movimento pelo salão. O foco está nas orelhas das mulheres. Velhas, jovens, belas, horrorosas, todas ostentam pingentes, diamantes tão valiosos que dariam para cobrir o custo de acabar com a fome do mundo. "É o momento mais irônico do filme", admite o diretor. O fato de, desta vez, o punido ser o personagem de Josh Brolin, que foi seu George W. Bush - em W - , tem algum significado especial, uma crítica, talvez? Ele ri - "Não! Nunca pensei nisso. Ele é um grande ator e eu queria lhe ofertar outro papel que o levasse a testar seus limites."

WALL STREET: O DINHEIRO NUNCA DORME
Nome original: Wall Street: Money Never Sleeps.
Direção: Oliver Stone.
Gênero: Drama (EUA/ 2010, 127 minutos).

publicado no jornal "O Estadão" ( Brasil )

Kruger images

De: Ricky Gervais & Matthew Robinson


Com: Ricky Gervais, Jennifer Garner, Rob Lowe
Veja também: Ricky Gervais em Hollywood: “Stardust”, Matthew Vaughn; “À Noite, No Museu I/II”, Shawn Levy; “Fantasmas Na Cidade”, David Koepp.
Ricky Gervais era um licenciado em filosofia que fazia rádio. Depois, criou “The Office” e “Extras” e tornou-se herói nacional britânico. Mas queria mais e, desde então, tenta o impossível: encaixar o seu humor fora-da-caixa em Hollywood e sair incólume. Mesmo assim, esta é a melhor tentativa. Num mundo onde todos dizem a verdade, um homem diz a primeira mentira. Daí, cresce uma sátira à religião, à ficção, à importância da hipocrisia. Mas, no fim, quando o Ricky britânico desferiria o golpe fatal, o americanizado sucumbe às regras inócuas da comédia romântica. Ainda assim, vale cada cêntimo. Por Gervais, pelos cameos de Tina Fey, Edward Norton e Philip Seymour Hoffman. E pelo prazer de descobrir as pequenas pérolas que passam ao lado dos cinemas.

Fernando Pessoa

                                                             

Mensagem do desassossego

Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com um o outro. Cada um me contou a narrativa de porque se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que um via uma coisa e o outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exactamente como se haviam passado, cada um as via com um criterio identico ao do outro, mas cada um via uma coisa differente, e cada um, portanto, tinha razão.
Fiquei confuso d’ esta dupla existencia da verdade.

Livro do Desasocego- Tomo I, edição crítica de Fernando Pessoa, volume XII, edição de Jerónimo Pizarro, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2010, p. 476

Delta do Níger: o crime silenciado

As recentes catástrofes petroliferas no Golfo do México e na costa da China provocaram múltiplas interrogações sobre a viabilidade da extracção petrolifera em alto mar. Sem duvida que o pior derrame de crude da História acontece no delta do Rio Niger, onde há mais de cinquenta anos os constantes derrames tóxicos causam perdas incontáveis de vidas e graves alterações ao meio ambiente.

À volta d.e 10 milhões de barris de petroleo foram dissemonados desde 1960 nas costa da Nigéria, na zona ao largo do Rio Niger, de acordo com informações de 2006 produzidas por especialistas nigerianos, dos EUA e britãnicos, publicado pela agência AFP.
Segundo várias estimativas de ecologistas, a chuva ácida e o persistente odor a gasoil no ar e a escassa fertilidade da terra que em várias zonas está coberta por uma capa viscosa resulta que milhares de pessoas têm que deslocalizar-se.
Desta forma a esperança de vida no delta do Niger anda à volta de menos de 50 anos, quando a média nacional ronda os 60

Estocolmo, Suécia

A tranquilidade de um jardim de Estocolmo
                                            

domingo, 19 de setembro de 2010

Piazza di Spagna, Roma

Piazza di Spagna

La Piazza di Spagna

Apple's Newest Watch Is... an IPod Nano

Al adquirir una enciclopedia

                                1869 - Al adquirir una enciclopedia

Aquí la vasta enciclopedia de Brockhaus
aquí los muchos y cargados volúmenes y el volumen del atlas,
aquí la devoción de Alemania,
aquí los neoplatónicos y los agnósticos,
aquí el primer Adán y Adán de Bremen,
aquí el tigre y el tártaro,

aquí la escrupulosa tipografía y el azul de los mares,
aquí la memoria del tiempo y los laberintos del tiempo,
aquí el error y la verdad,
aquí la dilatada miscelánea que sabe más que cualquier hombre,
aquí la suma de la larga vigilia.
Aquí también los ojos que no sirven, las manos que no aciertan las ilegibles páginas,
la dudosa penumbra de la ceguera, los muros que se alejan.
Pero también aquí una costumbre nueva,
de esta costumbre vieja, la casa,
una gravitación y una presencia,
el misterioso amor de las cosas
que nos ignoran y se ignoran.

(Jorge Luis Borges)

Fernando Pessoa

Mensagem do desassossego

A arte é um esquivar-se a agir, ou a viver. A arte é a expressão intellectual da emoção, distincta da vida, que é a expressão volitiva da emoção. O que não temos, ou não ousamos, ou não conseguimos, podemos possui-lo em sonho, e é com esse sonho que fazemos arte. Outras vezes a emoção é a tal ponto forte que, embora reduzida á acção, a acção, a que se reduziu, não a satisfaz; com a emoção que sobra, que ficou inexpressa na vida, se fórma a obra de arte. Assim, há dois typos de artista: o que exprime o que não tem e o que exprime o que sobrou do que teve.

Livro do Desasocego- Tomo I,

Ciganos expulsos de França - e a UE, u é?

Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010

"A Comissão da UE é co-responsável pela crise moral e política que esta campanha vergonhosa contra os europeus de origem cigana revela: quando Berlusconi começou em Itália, a Comissão calou-se. Não admira que Sarkozy e outros a retomem, por oportunismo ligado às suas dificuldades internas.
Agora basta: a Comissão tem que fazer mais porque esta é uma questão crucial, definidora do que é, ou não é, a UE como projecto democrático, de progresso e baseado nos direitos humanos. Como disse Albert Camus, "a democracia é a defesa das minorias". A Comissão tem de se assumir como guardiã dos Tratados e agir no Tribunal Europeu de Justiça contra os governos como o de Sarkozy que violam o Tratado de Lisboa com políticas xenófobas e discriminatórias como a conduzida contra os cidadãos mais vulneráveis da minoria europeia cigana/rom".
Isto escrevi eu na semana passada num artigo que será esta quinta-feira publicado no "JORNAL DE LEIRIA".
Em debates no PE na semana passada questionamos o Presidente da Comissão e a Comissária responsável pela Justiça e Direitos Fundamentais porque não agiam judicialmente contra o governo de Sarkozy por violação do Tratado de Lisboa quando estão em causa os direitos humanos de cidadãos europeus da minoria cigana, enquanto geralmente se mostram lestos a actuar contra violações da lei europeia em matéria de circulação de bens ou capitais. Ambos se escusaram, invocando pretextos diversos.
Hoje, subitamente, a mesma Comissária Viviane Reding saiu a criticar forte e feio o governo de Sarkosy e ameaçou-o - finalmente - com procedimento judicial.
Nada de substancial mudou entretanto (uma carta do Ministro Hortefeux aos presidentes da Câmaras ordenando o desmantelamento de acampamentos ciganos, que veio a publico nos ultimos dias, só confirmava a já óbvia e vergonhosa estigmatização colectiva da população cigana).
Que mosca mordeu subitamente à Comissária?
É mistério para desvendar nos próximos dias.

Terça-feira, 14 de Setembro de 2010

Publicado pela Dra. Ana Gomes no seu blog "Causa Nossa"

http://obamatorio.blogspot.com/

Um blog visceralmente anti-Obama, ou a verdadeira enciclopédia anti-Obama

"Um repositório de informações e de opiniões sobre Barack Hussein Obama em particular, e sobre a sua presidência, a política e a sociedade dos Estados Unidos da América em geral, que não são dadas habitualmente na comunicação social portuguesa, e não só. Um observatório da censura e da propaganda. Um laboratório contra a hipocrisia e a histeria." ( transcrito da apresentação do blogue)

Smaller Than Life - Magazine - The Atlantic

Jonatha Franzen, american writer

Fontana Di Trevi e a Piazza Di Trevi

Fontana Di Trevi

Dedicado à moda Inglesa

O Vittoriano, E' Vietato,

O palácio do Imperador Vitor Manuel, o unificador da Itália, com o  monumento ao soldado desconhecido e o Museu Militar.

Mercados de Trajano

Mercados de Trajano

Em Roma, o Fórum Romano Palatino

Perto do Coliseu está o Fórum Romano Palatino.

Roma, A Cidade Eterna


Alguns dias em Roma e uma colecção de fotografias que o "Trópico" vai publicando ao sabor do tempo, conforme a oportunidade, de forma descomprometida e da maneira mais imaginativa que puder e souber.

Morte de Jimi Hendrix é homenageada em todo o mundo

Exposições, livros, open house, museu e até uma suíte temática num hotel. Não faltam homenagens ao guitarrista Jimi Hendrix, que morreu há exatos 40 anos.
O Handel Museum, em Londres abriu uma exposição chamada Hendrix in Britain que vai até o dia 7 de novembro. Ela conta com roupas, móveis, letras de música e até uma guitarra do artista. Tudo no próprio museu, localizado na 25 Brooke Street.
A instituição também resolveu abrir a casa ao lado, na 23 Brooke Street, que é simplesmente a residência onde o guitarrista viveu com sua namorada Kathy Etchingham. A exposição, no entanto, será apenas até o dia 26 de setembro e os bilhetes já estão esgotados.
Também em Londres, o Hotel Cumberland preparou uma suíte em homenagem ao artista, com paredes pintadas de imagens psicadélicas. Aberta a partir de próxima segunda-feira, a diária custará cerca de 400 libras.
Em Paris, a loja Renoma também montou uma exposição, que vai até o dia 16 de dezembro, e traz cerca de 70 itens entre fotos e roupas de Hendrix, sendo que as imagens estão à venda, por alguns milhares de euros.
Bem mais em conta está o livro “The Experience – Jimi Hendrix in Mason´s Yard”, uma coletânea de 120 fotos em preto-e-branco tiradas por Gered Mankowitz, vendido em livrarias como a Amazon, onde a publicação custa US$ 32.
Outra boa opção, para quem puder esperar, é o box musical “West Coast Seattle Boy - The Jimi Hendrix Anthology", que terá quatro horas de músicas, sendo algumas inéditas. Seu lançamento, porém, está previsto só para o dia 15 de novembro.
Jimi Hendrix morreu no dia 18 de setembro de 1970, com apenas 27 anos de idade e quatro de carreira. Embora as versões de sua morte sejam discutidas até hoje, a oficial é a de que o herói da guitarra tenha se afogado no próprio vômito, após ingerir um coquetel de soníferos e muito vinho tinto.

Jornal "Estadão" ( Brasil )

Inheerent Vice ( Narração de Thomas Pinchon)

Vício de Pynchon
O novo romance de Thomas Pinchon, um dos gurus da literatura americana actual.
A tradução portuguesas de Vício Intrinseco (Bertrand), de Thomas Pinchon chega às livrarias no dia 8 de Outubro.


Criatividade em vídeo


Seaweed from Tell No One on Vimeo.