Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Davos debate a crise de dívida europeia


A reunião de 2011 do Fórum Económico Mundial arranca hoje na estância de inverno suíça de Davos, para reflectir sobre soluções para a crise de dívida na zona euro, as guerras cambiais e o aumentar das convulsões sociais.

Com o tema 'Normas Partilhadas para uma Nova Realidade', o encontro deste ano do Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês) vai receber entre 26 e 30 de Janeiro 2.500 líderes políticos e económicos, incluindo 27 chefes de Estado e de governo.
«O sistema político e as instituições estão esgotados pelas complexidades que enfrentam» disse recentemente, em conferência de imprensa o presidente do WEF, o professor de economia Klaus Schwab, que fundou o fórum de Davos em 1971.
Com toda a gente «demasiado ocupada a apagar fogos» para fazer reflexões estratégicas, Schwab prometeu que Davos se vai dedicar a temas de longo prazo, como «o deslocar do poder económico e político do Norte para o Sul e do Ocidente para o Oriente», bem como as formas actuais de governação global, o aumento das revoltas sociais ou as desvalorizações competitivas entre os principais blocos económicos mundiais.
A presença da chanceler alemã Angela Merkel, do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, do presidente do Banco Central Alemão, Axel Weber e da ministra espanhol das Finanças, Elena Salgado, leva também os analistas a apostar que a crise de dívida da zona euro estará em debate.
Os 1.400 líderes empresariais presentes em Davos até estão otimistas, com os resultados das empresas e a economia dos Estados Unidos a melhorar, e os países emergentes a crescer a passos largos. O que vai preocupar gente como o fundador da Microsoft, Bill Gates, o milionário George Soros ou Jamie Dimon, presidente do banco JP Morgan Chase, são as questões globais como o desemprego e o fosso entre os mais ricos e os outros, que se traduz, muitas vezes, em raiva contra os grandes bónus dos banqueiros.
Um recente inquérito aos participantes de Davos demonstra que as «desigualdades sociais» é o tema que a elite da elite mundial mais quer debater, entre champanhe e uma ou outra descida numa das melhores pistas de ski do mundo.
«Davos não vai resolver nada. É impressionante como esquecemos rapidamente as lições que aprendemos na crise. E se a realidade não nos muda, porque é que Davos haveria de mudar alguma coisa?», disse à Lusa Jules Goddard, investigador da London Business School, um dos eleitos do WEF para participar no encontro.
Em Davos, nos dois últimos anos, no auge da crise, a companhia de patrões da banca e da indústria comprometia, ao ponto de, em 2009, estrelas internacionais como o cantor Bono ou os atores Brad Pitt e Angelina Jolie preferirem não por lá os pés.
Este ano, a poeira das estrelas volta a banhar banqueiros, políticos e empresários. O efeito bling-bling , entre jóias e brindes de champanhe, está assegurado pelo tenor espanhol José Carreras, pelo actor americano Robert de Niro, para além da princesa norueguesa Mette-Marit e dos príncipes Matilde e Felipe, da Bélgica. Bono também voltou

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