O Presidente dos Estados Unidos apelou aos partidos para que trabalhem juntos no Congresso.
A "caminho do progresso" na sequência da "maior recessão que a maioria dos norte-americanos alguma vez conheceram", foi como Barack Obama referiu os Estados Unidos no discurso do estado Nação, proferido na terça-feira, em Washington. A tónica do discurso recaiu sobre a necessidade de que os partidos trabalhem em conjunto para um mesmo fim no Congresso, atualmente dividido entre as representações dos dois partidos. Obama apelou à ação para diminuir o défice e fazer face aos desafios lançados pelos competidores emergentes como a Índia e a China.
Ao contrário da tradição, muitos rivais democratas e republicanos sentaram-se juntos, e não separadamente, enquanto ouviam o discurso do Presidente. Não terá sido alheio a este facto a vontade de mostrar unidade depois do tiroteio de há três semanas, no Arizona, no qual a congressista Gabrielle Giffords foi gravemente atingida.
"Este é o momento Sputnik da nossa geração", disse Obama, referindo-se ao sucesso dos soviéticos em colocar o primeiro satélite em órbita antes dos EUA, em 1957, continuando: "há dois anos, eu disse que tínhamos de atingir um nível de investigação e de desenvolvimento que não temos tido desde o auge da corrida ao espaço". O Presidente sublinhou a necessidade de investir na investigação biomédica, tecnologias da informação e, em especial, na tecnologia da energia limpa - "um investimento que fortalecerá a nossa segurança, protegerá o planeta e criará numerosos empregos" para os norte-americanos, disse.
Barack Obama adiantou que o Governo investirá em melhorias de larga escala em infraestruturas, incluindo ligações de comboios de alta velocidade e assegurando que 98% dos americanos tenham acesso a ligações de banda larga de internet sem fios no prazo de cinco anos.
A política externa só foi referida no discurso quando o Presidente referiu que as tropas norte-americanas tinham terminado a sua missão no Iraque "de cabeças erguidas", ao mesmo tempo que a liderança da al-Qaeda no Paquistão está "sob a maior pressão de sempre desde 2001".
Sem comentários:
Enviar um comentário