Até agora acreditava-se que durante uma fusão o material perturbado se tornava o combustível do buraco negro
Uma equipa de cientistas descobriu que a maioria dos buracos negros no centro das galáxias nos últimos 11 mil milhões de anos não se tornaram activos devido a fusões de galáxias, como se pensava até agora. Esta conclusão consta de um estudo realizado por cientistas internacionais publicado na revista da especialidade "Astrophysical Journal". O objectivo era descobrir a origem "do material que activa o buraco negro adormecido que origina violentas explosões no centro da galáxia, tornando-se um núcleo activo de galáxia".
Até agora, os astrónomos achavam que a maioria destes núcleos activos se "acendia" quando se dava uma fusão de duas galáxias ou quando duas galáxias passavam muito perto uma da outra e o material perturbado se tornava o combustível do buraco negro central. O novo estudo indica que "a ideia pode estar errada". A equipa de cientistas descobriu que "os núcleos activos são encontrados maioritariamente em galáxias com massa muito elevada, que contém muita matéria escura". No estudo publicado ontem é referido que a "maior parte dos núcleos activos se encontra em galáxias com massas cerca de 20 vezes maiores que o previsto pela teoria da fusão". "Estes novos resultados abrem uma nova janela sobre como os buracos negros de grande massa iniciam as suas refeições", adiantou Viola Allevato, autora principal do artigo. A cientista referiu ainda que "os resultados indicam que os buracos negros são normalmente alimentados por processos gerados no interior da própria galáxia, como instabilidade do disco e formação estelar violenta, em oposição a colisões de galáxias".
Jornal I (14 Set)
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