Quando soube não acreditei. Era uma partida, ou um pesadelo. Só podia ser.
Mas a verdade confirmava-se. Os "Homens da Luta" vão representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção. Onde vão estar paises como a Inglaterra, a França, a Itália, a Suécia (que gerou os Abba), a Dinamarca, Israel, and so on. A canção escolhida não podia ser pior. Indigência pura. Esterilidade absoluta.
Não gosto de ver Portugal cair no ridiculo frente a estes tipos da Europa.
O "estado da arte" em que se encontra o "status quo" criativo em Portugal, é pior do que o que se pensa. É um estado atroz. Gangrena.
Estamos doentes. A falta de inspiração é gigantesca. O mau gosto, a falta de exigência, o apadrinhamento, a fraca competividade tomaram conta do país.
Basta ouvir os primeiros compassos de qualquer musica e desligo. Não há estômago.Não surge ninguém com qualidade verdadeira a nivel internacional.
Os júris são fracos. Basta andar seis meses a martelar os palcos e pode-se dar ares professorais de especialistas avaliadores. Tem que se dizer bem. Criticar é cortar pela raíz. Puro engano.
Regredimos trinta anos. Entramos na cápsula do tempo e voltamos aos slogans revolucionários do 25 de Abril. Voltamos á canção de protesto, com todo o respeito por ela, mas que já teve a sua época e cumpriu (bem) e com toda a dignidade o seu papel. Mas agora pedia-se mais.
Alastra o facilitismo no mundo da arte da musica. Não sai nada de bom. A Portugal pedia-se e exigia-se mais. Muito mais. Pelo menos para nos representar lá fora.
Estou ainda que não aguento. Não acredito. É mau demais para ser verdade.
José Luis Ferreira
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