Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Guiné-Bisssau: A Luta pela Liberdade


A “Marcha pela Paz”, da diáspora guineense, do passado sábado em Lisboa, veio demonstrar a maturidade deste povo que vem lutando pela democracia e pela liberdade no seu país. Os guineenses sabem exatamente aquilo que querem: a estabilidade e o progresso. Um caminho difícil, duro e agreste, mas que não passa por nenhuma forma de ditadura, nem civil nem militar. Quando em Portugal se comemora mais um 25 de Abril, o pensamento voa para África, para a Guiné-Bissau, gente trabalhadora e fraterna, do grande universo da língua portuguesa, mas que atravessa um momento sensível, uma fase extremamente complicada da sua história.
Que cessem os “putschs”, as intentonas armadas pelos generais de pacotilha, as detenções e os afastamentos forçados, os obuses e as Ak-47 dos tempos da guerrilha e que encontrem esse lugar de Paz e estabilidade. Só há uma escolha possível entre a Paz e a livre convivência e por outro lado a violência e a insegurança.

Portugal deve cumprir o papel de acicate, deve fazer despertar nos povos irmãos, que se encontram a lançar as raízes para um futuro de dignidade e prosperidade, o desejo pelo respeito das leis da república, pela Constitução, pelos direitos fundamentais e o afeto entre os cidadãos.

Alguém dizia há dias que em Angola vêm e ouvem com grande interesse os programas e debates sobre política da televisão portuguesa. Inclusivamente imita-se a postura, os tiques e até o respeito e carinho com que os portugueses se tratam entre si.

Pois é esse mesmo o papel que está reservado para Portugal. Deve ser o farol e o amigo sincero, onde os povos mais carenciados da CPLP podem encontrar o ombro amigo e o professor sábio que os aconselhem nos momentos difíceis, como é agora o caso da Guiné-Bissau.

Sem alaridos nem histerismos, deve colocar-se ao lado da ONU e das organizações africanas, não para ameaçar nem para impor, mas para mostrar os bens e as vantagens no exercício pleno da democracia.



 


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