Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


domingo, 24 de julho de 2011

Islândia mais confiante depois de controlar dívida pública

O regresso bem sucedido da Islândia ao mercado de obrigações deve-se à reduzida dívida pública, ajudada pela recusa em resgatar os bancos que faliram, justificaram economistas islandeses.   

A 9 de Junho, a Islândia emitiu bilhetes do tesouro no valor de mil milhões de dólares (704 milhões de euros) a uma taxa de juro de 4,993 por cento com maturidade de cinco anos, considerado pelo governo um "marco" para o país.

A procura foi duas vezes superior à oferta, um sinal de que os investidores acreditam que a economia do país está a dar bons sinais e que é diferente da crise de países como a Grécia ou Portugal, sustentou Vilhjalmur Bjarnason, à agência Lusa.
"Os principais problemas na Islândia estão no sector privado e não no sector público, enquanto que no sul da Europa o problema é a dívida pública", lembrou este professor na Universidade de Reiquiavique.
A OCDE estima que a dívida pública chegue ao auge este ano e corresponda a 83 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), que no ano passado se ficou pelos 1540 mil milhões de coroas islandesas (9,3 mil milhões de euros).
Também "ajudou que o governo não tenha assumido as obrigações dos bancos" que colapsaram em 2008, explicou, cujos activos no estrangeiro superavam na altura dez vezes o PIB.
"O tamanho dos bancos que caíram tornou impossível ao país cobrir a dívida", concordou Ludvík Elíasson, economista chefe do MP Bank.
O resultado foi uma contracção da economia, cujos bancos agora quase não têm operações no estrangeiro, e uma concentração nas actividades produtivas.
A produção de energia e alumínio e as pescas são as bases económicas do país de 320 mil habitantes cuja riqueza em recursos naturais é também uma atracção para os turistas.
O aumento das exportações, ajudado pela desvalorização da coroa islandesa, sustentou um crescimento de dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2011.
Depois das recessões de 2009 e 2010, previsões oficiais apontam para que a economia cresça 2,5 por cento este ano e 3,1 por cento em 2012.
Elíasson afirma que "foi importante ter ajuda externa" do FMI, que providenciou um empréstimo de 2,1 mil milhões de dólares (1,48 mil milhões de euros).
Um grupo de países nórdicos avançou com 2,5 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros).
O país iniciou recentemente negociações formais sobre a adesão à União Europeia mas a perspectiva de adoptar a moeda única divide os dois economistas.
"Não é uma solução imediata mas faz sentido porque a Islândia faz parte da Europa", defendeu Bjarnason, que afirmou que muitas empresas já usam outras divisas nas suas contas.
A "opinião pessoal" de Ludvík Elíasson é que não existem "grandes vantagens na adesão à UE ou euro" e que ter moeda própria "é melhor e mais adequado à nossa economia".

In C.M. (24.7.2011)

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