Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tensão no mundo árabe

 









Onda da revolta política e social abala mundo árabe

Começou na Tunísia com uma revolta social que levou à queda da ditadura de Ben Ali e está a estender-se por países do Magrebe e Médio Oriente: a onda de protestos , exigindo reformas e democracia, está a abalar o mundo árabe. A revolta está às portas do Egipto e do Iémen e ameaça passar pela Argélia. Marrocos e Israel estão preocupados.

Ontem, Mohamed el Baradei, Nobel da Paz e ex-presidente da Agência Internacional de Energia Atómica, chegou ao Egipto para dar rostos a uma revolta nas ruas que foi impulsionada pelos movimentos juvenis e associações de defesa dos direitos humanos, usando as redes sociais na Internet (Facebook e Twitter), surpreendendo o regime ditatorial com 30 anos, liderado pelo Presidente Hosni Mubarak, e a própria oposição, tradicionalmente fraca e dividida.
El Baradei tinha sido criticado por estar fora do país nos últimos dias, depois de ter passado o último ano a pressionar o regime ditatorial a proceder a reformas, lembra o El País. Mas ontem o Nobel da Paz regressou disse querer "um novo Egipto, através de uma transição pacífica": "Se as pessoas, em particular os jovens, querem que lidere a transição não os vou defraudar."
Os protestos alastraram também ao Iémen, onde Ali Abdalá Saleh está na presidência há 32 anos e procura tornar-se vitalício no poder. Milhares de pessoas exigiram na ruas da capital, Saná, o fim da carência de alimentos, da corrupção, do desemprego galopante e do nepotismo. Neste caso, são as forças da oposição que estão a capitalizar os protestos, convocando manifestações separadas em Saná para dividir as forças policiais. Além disso, os protestos também se fizeram sentir noutras cidades, como Adén, onde um homem se tentou auto-imolar.
Mas, se a comunidade internacional apoia a democratização destes países, como ontem afirmaram os EUA, o Iémen é motivo de grande preocupação: a fragilidade do Estado, o movimento separatista no sul, a insurreição no norte e os tentáculos da Al Qaeda podem transformar o país num estado falhado, como a Somália, e não numa nova Tunísia, salienta o El País.

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