Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


domingo, 29 de agosto de 2010

Fidel troca impressões com cientistas cubanos sobre o perigo nuclear


Cuba: Fidel de novo em acção ?


ENVOLVIDO em sua batalha incessante de informar o mundo sobre o perigo de uma guerra nuclear e conseguir dissuadir o presidente Obama que não puxe o gatilho, o comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz teve, segunda-feira, 23 de agosto, um encontro com cientistas cubanos para falar sobre as armas nucleares e o perigo de uma conflagração nuclear.
Durante duas horas, o líder da Revolução trocou critérios e fez inúmeras perguntas aos responsáveis cubanos pelas diversas pastas 

Alguns dos temas  analisados no encontro foram Hiroshima e Nagasaki, as bombas de urânio, plutônio e hidrogênio, a capacidade nuclear militar das grandes potências, a área de radioatividade que pode provocar a detonação de uma bomba nuclear, de acordo a sua potência, o afundamento do submarino nuclear russo, em 2000 e o chamado "inverno nuclear".
Fidel evocou os dias da Crise de Outubro de 1962, o processo que levou ao acordo de desdobrar os mísseis soviéticos em Cuba, o perigo que pairou sobre nosso país e o mundo, os erros de Jruschov e Kennedy. "O próprio Kennedy estava horrorizado de quão perto esteve a guerra", assinalou.
"Não nos interessava ter mísseis aqui, nem ter uma base. Interessava-nos mais a imagem do país. Uma base soviética desvalorizava a imagem da Revolução, sua capacidade de influir em nossa região. Por que aceitamos?... Para nós era muito difícil. Mas era uma questão de internacionalismo". E lembrou da reunião com a direção revolucionária onde expôs que "se estávamos esperando que o campo socialista se sacrificasse e lutasse por nós, devíamos estar dispostos a sacrificar-nos por eles".
A recordação histórica serviu-lhe para analisar os perigos do presente, com quase 25 mil bombas nucleares: "Não parece coisa de loucos?", perguntou aos cientistas. Neste pequeno planeta basta com 100 bombas para provocar um inverno nuclear. Isso não é próprio de gente sensata".
Mais adiante realçou: "Parece que esta vai ser a primeira guerra do mundo; e a história humana não conhece outra coisa do que a guerra. Assim que o hombre teve um porrete, se dedicou a fazer guerra. Todos esses raciocínios são errados, e por isso estou me esforçando para tratar de dissuadir acerca do perigo. Quem sabia, até há pouco, do perigo de guerra? Quem falou disso? Quem controla todos esses meios de comunicação no mundo?".
"Aqui tudo vai depender de um homem; não porque seja poderoso, mas sim porque é o único que tem a faculdade de puxar o gatilho. Se não puxar, todo mundo vai agradecer, vão agradecer até os milionários; vai agradecer até Israel", concluiu o comandante-em-chefe suas valorizações, com a convicção de que os cientistas também podem ajudar imenso nesta batalha de tomada de consciência acerca dos graves riscos para a humanidade.

Versão portuguesa do Granma Digital Internacional

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