Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Hillary e Gates nas fronteira entre as duas Coreias

Hillary Clinton e Robert Gates utilizaram binóculos no Ponto de Observação Ouellette.Do outro lado um soldado da Coreia do  Norte.


 
 
A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, e o seu colega da Defesa, Robert Gates, fizeram uma pouco habitual visita comum à zona fortemente defendida que divide as duas Coreias; e depois disso foi exigido ao regime de Kim Jon-il que reconheça ter lançado um torpedo contra a vedeta sul-coreana Cheonan.

Estados Unidos e Coreia do Sul decidiram avisar uma vez mais que a península coreana enfrenta um grave período, depois daquele incidente bélico verificado no mês de Março.
As relações entre as duas Coreias desceram a um ponto muito baixo na sequência de o Sul ter acusado o Norte de ter afundado um dos seus barcos de guerra, matando 46 marinheiros; mas a verdade é que Pyongyang nega ter tido algo a ver com o assunto.
“Continuamos a enviar uma mensagem ao Norte: há outra via”, disse Clinton, na zona desmilitarizada que divide a península coreana desde o fim da guerra da Coreia, que se travou de 1950 a 1953 e só foi interrompida por um armistício, sem que até hoje tivesse sido assinado qualquer tratado de paz.
“Até que mudem de rumo, os Estados Unidos permanecem firmes ao lado do povo e do Governo da República da Coreia”, prosseguiu a secretária de Estado.
Antes disso, Robert Gates anunciara as manobras navais e aéreas conjuntas que vão começar no domingo e que incluem o porta-aviões nuclear norte-americano George Washington, de 97 mil toneladas, e aviões F-22 Raptor.
Estas manobras têm estado a ser criticadas pela Coreia do Norte, que acusa os dois aliados de as estarem a usar para prepararem um ataque.

Incómodo chinês

A China, único grande aliado da Coreia do Norte, também já deixou transparecer um grande incómodo contra estes exercícios, a realizar no Mar do Japão, a leste da península coreana.
A televisão estatal mostrou mesmo que a Armada chinesa também está em manobras, as quais incluem helicópteros e um submarino.
Hillary Clinton e Robert Gates utilizaram binóculos no Ponto de Observação Ouellette, rodeado por sacos de areia, numa colina existente na zona desmilitarizada e na qual se encontram estacionados soldados dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.
Sob uma ligeira brisa, era possível ver à distância uma enorme bandeira da Coreia do Norte, que tem um dos últimos regimes comunistas do mundo.
Há cerca de dois milhões de soldados perto daquela faixa de quatro quilómetros de largura que há 60 anos mantém as duas Coreias separadas uma da outra; e isso constitui um dos últimos testemunhos dos tempos da Guerra Fria.
O general na reserva que foi nomeado pelo Presidente norte-americano, Barack Obama, para chefe dos seus serviços secretos, James Clapper, declarou ontem no Senado que o afundamento da corveta Cheonan poderá pressupor um “novo período perigoso” de ataques directos de Pyongyang à Coreia do Sul.
Tudo isto acontece numa altura de especulações sobre o estado de saúde do líder norte-coreano, Kim Jong-il, que aparentemente estará a preparar-se para que o filho mais novo lhe venha a suceder, à frente de um dos países mais isolados do mundo, que tem vindo a desencadear esforços no sentido de se dotar de capacidade nuclear.

Publicado no jornal "O Publico" de 21.07.2010

Sem comentários:

Enviar um comentário