Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


domingo, 6 de junho de 2010

Israel, um Estado isolado.

                                                            
                            A Deriva Totalitária                
                                
              A paranóia colectiva do aniquilamento do povo de Israel transporta este Estado para uma deriva militarista e altamente agressiva . A grande questão é que as acções de Israel ultrapassam largamente o legítimo exercício à sua auto-defesa e combate ao radicalismo islâmico. Na prática, Israel decretou guerra a todos os Palestinianos e empurra todo o mundo árabe contra si.
             Para além de violar permanentemente resoluções das Nações Unidas, o bloqueio a Gaza é inumano: Israel diz combater o Hamas, mas, na prática, está a punir colectivamente os 1.5 milhões de pessoas que lá vivem. Pior: o bloqueio, que é feito em nome da auto-defesa de Israel, prejudica os próprios interesses de Israel, pois favorece e promove o extremismo palestiniano e muçulmano, o mesmo extremismo que Israel considera ser uma ameaça existêncial à sua sobrevivência. Como se sabe a Palestina era das sociedades mais laicas do Médio Oriente. Mas Israel, ao longo dos anos tudo tem feito para enfraquecer os moderados: a expansão dos colonatos - que não pode ser considerada uma acção defensiva - continua, o que fragiliza a posição da Autoridade Palestiniana e de todos os que (ainda) privilegiam a negociação. Não é sustentável dizer que todas as acções de Israel são justificadas pela defesa dos seus cidadãos. Não é sério dizer que só se negoceia com aqueles que renunciaram à violência, quando Israel continua a praticá-la, diariamente, de forma impune. A política de expansão dos colonatos não é algo a ser negociado quando a violência islâmica parar; é uma condição sine qua non para que todo e qualquer processo negocial credível possa arrancar. A expansão dos colonatos e a expulsão dos palestinianos das suas terras e o consequente roubo destas, os permanentes racionamentos de água, destruição de casas,cortes de luz diários,controles e barreiras são actos de pura violência e barbárie tão desprezíveis como as bombas e os rockets do Hamas. As consequências suicidas do militarismo Israelita, a cada dia que passa, tornam mais difícil encontrar uma solução política para esta tragédia.

José Luis Ferreira

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