Trópico de Capricórnio

É a linha geográfica imaginária situada abaixo do Equador. Fica localizada a 23º 26' 27'' de Latitude Sul. Atravessa três continentes, onze países e três grandes oceanos.


domingo, 23 de maio de 2010

Máximas de Baudelaire

Charles Baudelaire, poeta francês, foi um dos percursores do simbolismo e viveu entre 1821 e 1867. Em 1857 lança As Flores do Mal contendo 100 poemas.O livro é acusado no mesmo ano, pelo poder público, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são presos, o escritor paga 300 francos e a editora 100, de multa. Esta censura deveu-se a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreve seis novos poemas "mais belos que os suprimidos", segundo ele.

Não podendo suportar o amor, a Igreja quis ao menos desinfectá-lo, e então fez o casamento.

Quem não souber povoar a sua solidão, também não conseguirá isolar-se entre a gente.

O homem que só bebe água tem algum segredo que pretende ocultar dos seus semelhantes.

Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar.

Existem em todo o homem, a todo o momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás.
A invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de precipitar-se no abismo.

Que é o amor?
A necessidade de sair de si.
O homem é um animal adorador
Adorar é sacrificar-se e prostituir-se
Assim, todo amor é prostituição.

Todo o homem saudável consegue ficar dois dias sem comer - sem a poesia, jamais.

O poeta é como o príncipe das nuvens. As suas asas de gigante não o deixam caminhar.

Que há de mais absurdo que o progresso, já que o homem, como está provado pelos fatos de todos os dias, é sempre igual e semelhante ao homem, isto é, sempre em estado selvagem

Há que trabalhar, ainda que não seja por gosto, ao menos por desespero, uma vez que, bem vistas as coisas, trabalhar é menos aborrecido do que divertirmo-nos.

Para não serdes os martirizados e escravos do tempo
embriagai-vos sem tréguas
de vinho, de poesia ou de virtudes
como achardes melhor

Charles Baudelaire

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