Se os EUA são a maior nação à face da Terra,então alguém se esqueceu de o dizer aos chineses.A China é um Universo em si.É o espaço cultural mais vasto e independente do mundo,com uma literatura,filosofias e formas dramáticas próprias.Não precisa de importar cultura vde nenhum lado.
Há mil anos, a globalização tinha características chinesas,era a prensa tipográfica,a pólvora e a bússola,que se tinham difundido de oriente para ocidente.
A inspiração icónica da nova imagem da China é o almirante Zheng He,cujas sete viagens marítimas no início do sec.XV menorizaram as de Colombo e de Vasco da Gama,levando os embaixadores da Dinastia Ming à longínqua costa oriental de África,espalhando a diáspora chinesa de Malaca ao Quénia,regressando com enxofre da Indonésia e especiarias da costa indiana do Malabar.Se não fosse a decisão do imperador Zhu Gaozhi de proibir as dispendiosas excursóes ultramarinas,a China poderia ter-se tornado na maior superpotência continental e marítima dessa época.Zheng esteve envolvido em guerras desde Java até ao Sri Lanka,tendo chegadoa escravizar o rei cingalês.Não só fundou bases nos estreitos de Malaca,como recolheu maciços tributos para a Dinastia Ming,desde a Birmãnia até Yunnan instigando até uma violência brutal contra a resistência no Vietnam.
in "O Segundo Mundo" de Parag Khanna
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