Para as quitandeiras de Luanda
II Parte

Encontravam-se em casa dela, a princípio, sempre ao fim do dia, quando Mário
fechava a loja; demorava-se em casa da amante cerca de uma hora, entre as sete
e as oito e só então voltava para casa, para perto da mulher e dos filhos. Mas
pouco tempo depois, passou também a almoçar com a angolana; deixou de comer da
lancheira, sozinho. Comia agora comida quente, acabada de fazer, quase sempre
um bife, ou os pastelinhos de bacalhau de que ele tanto gostava, acompanhados
de uma cerveja Cuca ou duas. Ele levava-lhe vinho português de garrafão e
rissóis. Depois repousava nos braços dela, fechados no quarto e trocando mimos
e carícias; deitavam-se e espalhavam a roupa pelo chão, suados, enlouquecidos
pelo desejo e torturados pelo calor abrasador que penetrava pelo telhado de
chapa de zinco, até que o Mário voltava para o trabalho e a Antónia prosseguia
com a audição das cassetes do Nelson Ned, do Ouro Negro e do Trio Odemira, que
ela adorava e que por essa altura fazia sucesso na metrópole e em Angola. Pedia-lhe
às vezes que a levasse a conhecer o “caputo”, que era como ela chamava a
Portugal. Eram dias de felicidade genuína. Ele era suficientemente gentil para
lhe oferecer de vez em quando uma caixa de bombons, até mesmo vinho do Porto e
de noite, para não dar nas vistas, levava-lhe mais revistas e histórias de amor.
O arrebatamento de Antónia era tanto, que já se considerava como esposa do Mário
e até lhe propunha fugirem os dois para o Congo belga, para Leopoldville. Dizia
que aí eles poderiam começar vida nova, talvez iniciassem um negócio de fruta,
que era o que ela conhecia melhor. Chegou a sugerir que ele se separasse da
mulher e dos filhos, para viverem os dois longe de Angola; lembrava-se também
da África do Sul, onde ouvira dizer que haveria melhores condições para os
pretos como ela (palavras da Antónia).
Margarida era a mulher do
Mário e já estava a par da história toda, da tremenda embrulhada em que o
marido se metera. Cogitava há algum tempo como acabar com tudo aquilo, já lhe
estava a subir a mostarda ao nariz, estava farta, sentia nojo dele e estava
disposta a pôr termo a toda aquela merda (palavras da Margarida). Por várias vezes
discutira com o homem e ameaçara tomar medidas sérias, podia ser que o pusesse
fora de casa, ou mandasse alguém dar uma valente sova àquela megera. O marido
negava tudo, ajoelhava-se aos seus pés, rogava que ela fosse compreensiva e
deixasse de duvidar sempre do que ele dizia.

Antónia vivia dias felizes despreocupada, mas sem saber, o
seu futuro estava a ser cuidadosamente traçado.
Era uma quinta-feira, um
dia igual a tantos outros, mas para Margarida era o único dia de semana pelo
qual sentia uma certa aversão. À quinta-feira tudo podia suceder e ela ligava
sempre este dia às coisas más. Era um dia ímpar como o dia 13 era ímpar e o
sábado e a quarta-feira eram pares e o domingo nem uma coisa nem outra; o
domingo situava-se numa zona neutra dos seus sentidos e a segunda-feira era um
dia inútil, porque não servia para nada. Para a antiga peixeira do mercado do
Bolhão, se um trabalho difícil e ingrato tivesse que ser feito, era mesmo à
quinta-feira.
Que ela era maquiavélica não havia dúvida nenhuma, mas
ninguém fazia ideia do nível alto de ciúme e raiva que carregava no coração. Nos
últimos meses ela andara sub-reptícia, dissimulada, aparecia a horas diferentes
em lugares inesperados, tais como armazéns de produtos farmacêuticos, drogarias
de venda por grosso e atacado, entre sacos de juta e sarapilheira, a cheirar
embalagens de veneno para ratos, a perguntar qual era a quantidade dessas
substâncias que um ser humano poderia ingerir sem morrer e, junto a frascos
gigantes de produtos corrosivos, ácidos tóxicos e mortais. Procurava
informações, lia brochuras, rótulos e folhetos de instruções, sobre as
propriedades inflamáveis da gasolina, até quantos graus poderia atingir um
corpo em combustão, qual era o tempo de sobrevivência para uma queimadura de 3º
grau. Margarida tudo leu e consultou. Estudou também as melhores facas do
mercado, as mais longas e cortantes, analisou o poder de corte profundo de uma
boa lâmina; comprou mesmo um leitão morto e treinou vezes sem conta, solitária,
na cozinha, experimentando que força seria necessária para efetuar uma eficaz
penetração com a faca. Chegou a comprar um facalhão para talho, o que causou
estranheza ao Mário, que passou a partir daí a não dormir descansado e a pensar
seriamente no que se estaria a passar na cabeça da sua antes tão sossegada e
pacata mulher.
Decidiu-se pelo ácido
sulfúrico e nessa quinta-feira encheu uma garrafa de plástico com dois litros
de produto. Sabia que o encontro entre os dois adúlteros se daria por volta das
onze da manhã, no quiosque, onde ela ia ler fotonovelas e estar ao pé dele na
pouca-vergonha, aos abraços, beijos e risos de satisfação e luxuria. Meteu-se
num táxi e seguiu para o Bairro do Cazenga, tendo pedido ao motorista para
abrandar, à entrada do povoamento. Estava com os níveis de adrenalina no máximo
e trazia nos olhos um brilho invulgar de ferocidade e crueldade. Margarida era
uma fera em movimento. Há momentos em que o homem ou a mulher perdem o verniz e
o raciocínio lógico próprios da civilização, que os torna seres contidos e
moderados e então libertam os seus instintos mais primários, transformando-se
numa máquina movida a ódio, raiva e ciúme. Estava tresloucada, fora de si, já
não controlava as suas próprias reações. Antes de sair de casa ingerira
bastante álcool, café e estimulantes, que lhe aumentaram a sensação de coragem e
agora já nada nem ninguém a conseguiria travar.
Margarida voltou a correr descontrolada para dentro do táxi e arrancou a toda a pressa. Mário saiu de dentro do quiosque assustado e, pelo cheiro penetrante e pelos gritos aterrorizados da Antónia percebeu que tinha que levá-la para o hospital. Em pânico, meteu-a no carro e guiou a alta velocidade, buzinando, para o Hospital de S. Paulo de Luanda. Antónia deu entrada nas urgências e verificou-se que tinha queimaduras de 2º grau ao longo do braço, subindo para o pescoço e pavilhão auricular. Mas o caso mais complicado estava na vista, mais exatamente no olho esquerdo que tinha ficado bastante danificado. O líquido penetrara na íris, queimara-lhe a pálbebra, arrancara todo o sobrolho e comera a arcada superciliar.
Mais tarde soube-se que Antónia cegara desse olho. Não havia nada a fazer, não havia tratamentos nem operações que lhe devolvessem a vista. Muitos e muitos meses depois, após internamentos, transplantes e operações plásticas para lhe restituírem a pele da cara e lhe darem um aspeto condizente com o seu antigo e bonito rosto, olhava-se para ela quando não tinha óculos escuros (que lhe davam um ar sinistro), e via-se um olho inexpressivo, branco azulado, baço, sem iris, com a córnea desfeita e uma cicatriz que os enxertos ainda não tinham conseguido desvanecer, a sobressair ao longo da pálpebra até ao osso zigomático. O olho esquerdo era agora um enorme glóbulo fixo, metálico, de uma frieza de aço. Passou a ser conhecida como a Antónia zarolha, ou simplesmente a zarolha. Sempre muito aberto e desperto, devido à falta da pálpebra, o que víamos era uma esfera inerte, insone, e terrivelmente assustadora.
Não se sabe porquê, Antónia não apresentou queixa pela
terrível agressão que sofrera.

Mário voltou logo ao seu
negócio dois dias depois, mas agora tinha diariamente a mulher por perto, que
ia levá-lo e buscá-lo ao emprego.
Passaram-se mais três longos anos, Antónia e Mário nunca
mais se falaram, ele não passava pela sua rua e ela nunca mais se interessou
pelo quiosque. Mas no fundo da sua alma, algo borbulhava há muito tempo, uma
pressão incomodava-a, não sabia o que era, sentia um mal estar sempre que se lembrava
dos últimos cinco anos da sua vida e um choque de placas continentais se
formava cada vez com mais força dentro de si e o impacto teria a intensidade
dos grandes choques telúricos.
Para
a sua índole bem-disposta, Antónia achava que não havia nada que não pudesse
ser resolvido à mesa, frente a um prato de pirão, ou a uma boa canjica e duas
cervejas Cuca. Para ela, ter um amante não era nada demais. Tivera-os toda a
vida, assim como era normal um homem ter duas mulheres. Em Angola, junto às
classes mais populares, era vulgar um angolano ter duas mulheres e filhos com
ambas. Sempre houvera e sempre haveria. Mas já não era tão corriqueiro para uma
mulher, diga-se em abono da verdade. Embora estes fossem hábitos e costumes
ancestrais da organização tribal angolana, esta sociedade híbrida padecia também
dos efeitos, dos tiques e reflexos condicionados da elite machista da metrópole
portuguesa. Mas não havia esse sentimento de posse e de propriedade em Antónia,
de forma tão vincada como em Margarida. Também não era por adultério que se
vingaria de alguém, dessa maneira tão doentia. Lembrava-se do marido, o Zeca,
também ter tido duas ou três mulheres, fora do casamento e nunca sentira
necessidade de pedir contas a ninguém.
Aos poucos a quitandeira foi recuperando a sua forma de
viver, embora mais isolada e fechada com os seus pensamentos. Aquele lado da
face doía-lhe e recorria a analgésicos para aliviar-lhe as dores lancinantes
que por vezes sentia. O olho danificado estava em constante purga, escorrendo
líquidos purulentos e criando infeções constantes. Precisava de combatê-las com
pomadas e antibióticos, que lhe custavam pequenas fortunas. A cicatriz na face
também requeria cuidados permanentes e todos os anos tivera que ser submetida a
duas e por vezes três operações plásticas. Ficara sem dois bons pedaços de pele
nas nádegas, que lhe foram enxertados na cara para minimizar as marcas deixadas
pelo efeito da corrosão do ácido.
Uma ou duas vezes por mês, Antónia apanhava o velho
autocarro para os pobres dos musseques, o autocarro do “munhungo” – termo
angolano usado na época e que significava promiscuidade, coisa reles e sórdida,
proveniente de contatos sexuais (naquele tempo, em Angola, para os que se
lembram, embora não houvesse separação de raças, havia essa nítida
diferenciação de classes nos transportes públicos) - coberto de pó, que fazia a
linha do Cazenga e descia até á cidade, à procura de medicamentos, na farmácia
habitual, ou para levantar as suas pensões, agora também usufruía dessa outra,
de invalidez. Quase por acaso, num dia em que escolheu um trajeto diferente, deu
de caras com Margarida, que descia de um prédio com o marido, o seu ex-amante
de há seis anos. Antónia recuou, para uma viela lateral, eram duas e meia da
tarde e ninguém a viu, pois eles logo se meteram no carro e saíram do
estacionamento. Era natural que morassem ali perto. Logo que viraram costas, foi
ver dentro do prédio as caixas do correio. Lá estava o nome dele na caixa 3ºB. O
sangue fervia-lhe nas veias e uma sensação misteriosa percorreu-lhe o corpo. As
têmporas latejavam doridas, parecia que estoiravam e todo o lado esquerdo do
rosto se contraiu, provocando-lhe dores agudas e insuportáveis. Teve que levar
um lenço á vista para secar o líquido viscoso que escorria do olho. O estômago
embrulhou-se, sentiu um aperto junto ao baixo-ventre e doeu-lhe a vagina, cujos
lábios pulsaram como batidas taquicardíacas num coração cansado.
Voltou
para casa e nesse dia foi assaltada por um carrocel de recordações, mágoas e
ressentimentos. Pela primeira vez sentiu ódio e um desejo intenso, declarado,
de vingança. Sentiu-o crescer, avassalador, vindo de qualquer zona obscura
dentro de si; descobriu então que algo muito sombrio nascia nas profundezas da
sua alma; como um feto morto e apodrecido, que trouxesse no ventre e tivesse
que expulsar, para conseguir sobreviver. Duas garras monstruosas, poderosas, tomaram
conta do cérebro de Antónia e qualquer coisa lhe dizia que já não poderia
escapar. Nessa tarde, fechada no quarto, teve uma série de pressentimentos e
maus presságios. Viu, repetidamente, projeções de animais e bichos fantasmagóricos,
de um só olho, também baço, azulado e inexpressivo como o seu, bestas com
chifres, bossas e caudas que a ameaçavam como chicotes, a respirarem vapores
sulfurosos de enxofre, e amoníaco, sobre ela. À noite, prolongaram-se as visões
e febril, teve pesadelos ainda mais sombrios. Num cenário de tormenta, de
nuvens pesadas e negras, um clarão iluminou um local, um pátio e viu outras
mulheres que fumavam sentadas; fumavam e rezavam, pareceu-lhe, rezavam muito,
mas era tudo muito confuso, não percebia nada do que via. Havia também mulheres
armadas e escutavam-se vozes, ordens rigorosas para cumprimento de horários
inflexíveis. Viu-se a ela própria, que trabalhava, com uma bata indistinta,
suja, igual às outras, dentro de paredes e muros muito altos, que chegavam ao
céu, tingido de fuligem, como se uma tempestade se aproximasse. Viu o seu
futuro, o amanhã, os dias seguintes, cobertos por uma mancha de cinza
vulcânica. Havia grades por todo o lado, portões de ferro e ferrolhos que se
abriam e fechavam continuamente.

Mais
uma vez, pela segunda vez na sua vida, Mário meteu uma mulher no carro e
levou-a para o Hospital Maria Pia. Depois de várias horas de trabalho intenso,
dos médicos e enfermeiras a tentarem recuperar Margarida, esta faleceu ao cair
da noite, com um pulmão perfurado e o coração atingido irremediavelmente pela
comprida faca de talho, boa para desmanchar carcaças de animais.
Nunca
antes Antónia tinha pensado que as coisas se precipitassem desta forma, nem
sequer arquitetara nenhuma vingança ao longo desses seis anos. Antónia foi
presa, julgada e condenada a dez anos de prisão por homicídio, tendo o juíz
decidido que fora uma ação premeditada. Depois reduziram-lhe a pena, tendo
apenas cumprido sete anos na cadeia de Luanda, entre os anos de 1968 e 1975, na
Ala C, conhecida como “lugar do pecado,” entre as próprias presidiárias, sendo
que a revolução de Abril amnistiou-a desse crime. Mário tornou-se um homem
diferente, isolou-se com os filhos e dois anos depois do sucedido voltou para
Portugal, para viver perto de familiares afastados, numa aldeia no norte, para
os lados de Lamego. Tem agora um pequeno restaurante com fados e guitarradas à
noite, vive bem e já pensa em casar novamente.
Ao sair da prisão Antónia sentiu que lhe tiravam um
fardo de cima. Tinha uma vaga sensação de altivez e leveza de espírito que
antes não tinha. Achava que tinha pago a dívida à sociedade e também achava que
fora feita justiça, embora pelas suas próprias mãos. Nunca acreditou que as
autoridades policiais prendessem e os juízes condenassem Margarida, uma mulher
da sociedade, com roupas caras e amigos em todo o lado. Pensava que, mesmo que
apresentasse queixa, era um caso perdido por natureza.

Regressou á sua vida habitual, à venda dos quitutes na pequenina bancada, frente ao portão de casa; voltaram também as idas á praça para vender os produtos, aos sábados. Recuperou a alegria de antigamente e há dois anos que vive com um rapaz mais novo. Trouxe-o para sua casa e parece que se dão muito bem. Acabaram-se as festas e almoçaradas ao sábado, agora apenas se reúnem com os amigos dele e alguns indefetíveis dela. A mãe, a avó Francisca faleceu há um ano e para o funeral só o velho amigo que almoçava no quintal apareceu, agora um ancião vergado pela passagem do tempo, com o andar lento e arrastado, vestido de preto, com um fato puído, muito gasto e remendado.

Perguntava-se
porque é que Deus, aquele em que toda a vida acreditou, sim, porquê que Ele a
colocou frente a esta montanha intransponível, tão alta e tão íngreme que ela
agora, perdida e desnorteada, não sabia como escalar e a deixou mergulhar nesse
mundo de trevas? Como frágil humana não viu Deus quando mais precisou e orou
por ele. Era como se tivesse descido ao grau zero da sua condição de mulher. Uma
vingança se sobrepôs a outra igual. Algures, a meio da vida, alguém ou algo
exterior a ela e ao seu universo quotidiano, a puxou e arrastou para este
inferno de julgamentos, polícias e prisões que nunca mais terminavam.
Mas
o tempo foi passando e a paz vive agora dentro de si, no seu âmago. Sabe que
superou todos os obstáculos e os derrotou, na mais rude prova da vida. Mas
também sente que foi graças a ela própria, à força incomensurável do seu
caráter, à enorme vontade de viver e de voltar aos amigos de antigamente,
que conseguiu vencer os demónios que durante sete anos se introduziram na sua
vida. Não sentia que tinha tido ajuda externa de ninguém, nem de nenhuma força ou
entidade superior, nem Deus. Cerrou os dentes e levantou a cabeça, mesmo dentro
da cela. Enquanto esperou e orou por Deus, mais se sentiu confundida e
desorientada.
Hoje,
aos setenta anos, esta mulher, que um dia foi a mais bonita quitandeira de
Luanda, filha e neta de escravos, é frequentemente assaltada pelas lembranças mais
antigas da sua infância. Revê imagens de memória, como fotografias nítidas de
quando era uma menina, vestida com um ligeiro pano rasgado à volta da cintura a
tapar-lhe a púbis. Lembra-se dos banhos no rio, quando o seu pai a levava a
nadar nas águas calmas e quentes, dos saltos com a criançada e dos primeiros
mergulhos nas suas correntes serenas, perto da sanzala pobre de palhotas de
barro e capim e de como ela ria e gritava desprendida, de um modo infantil, lá
longe, no tempo e no espaço, no Norte de Angola.
No
mais ínfimo átomo do seu ser, sabe que só há um caminho a seguir e a estrada à
sua frente está agora limpa e em paz, banhada pela luz do dia, tranquila e
serena, como os rios da sua infância.
J.L.F.
Nota do autor: Este texto, o
meu texto, é uma peça “naif”, um trabalho de artesão rude e em bruto. No
entanto, tem a pretensão de se imaginar uma obra literária. Será? Não será?
Àqueles que o lerem dou o privilégio de avaliar. Não foi revisto nem corrigido
por ninguém, senão por mim próprio. Apenas obedece a duas ou três regras
gramaticais básicas e muito simples: a da vírgula, do ponto final e do ponto
final parágrafo.
Desejo apenas que passem uns bons momentos ao
lado desta bela quitandeira de Luanda e que conheçam melhor estas mulheres simples,
espontâneas e verdadeiras, como verdadeira e sagrada é a terra que um dia as
gerou no seu ventre. Assim, longa vida para elas e bem hajam aqueles que sentirem
algum afeto e simpatia por esta realidade e por estas velhas histórias do
passado.
J.L.F.
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