A hora das grandes decisões está a chegar. Faltam poucas
horas para que, mais uma vez, se abram as urnas e todos vós, de Washington ao
Kentucky, exerçam o poder soberano do voto, para o lugar mais alto da nação — o
cargo de Presidente dos USA.

Estão muitos de vós, neste momento, frente a um dilema: em
quem devem votar. Dos dois lados vos solicitam que votem neles e no seu projeto,
e, entre os dois, por vezes, o vosso coração ainda balança para lado incerto.
Se vós, povo americano, me concederdes a suprema honra de convosco
partilhar a ansiedade dos grandes momentos eleitorais, tomarei esta pequena ousadia
de apontar-vos um caminho, que, considero, é para vocês a melhor escolha.
Penso, para mim, que Barack Obama é o candidato ideal para
governar a América por mais quatro anos. Porque é um "self made man",
bem ao gosto dos americanos, porque é dedicado, porque é um homem culto, moderado
e generoso, e como já o demonstrou inúmeras vezes, tem lutado incansavelmente
para que os mais desfavorecidos da vossa sociedade tenham acesso aos cuidados
de saúde, como uma sociedade moderna e digna deve ter. Fez essa justa e importantíssima
reforma e viu-a promulgada pelo Senado, como era o seu desejo e o de vários
presidentes americanos antes dele. No campo da política económica, Obama
recuperou a América do "crash" do setor bancário, após a queda do
"Lehman Brothers". Efetuou a maior reforma do sistema financeiro e de
Wall Street, desde a Grande Depressão, impondo regras que defendem o pequeno
investidor dos riscos dos produtos tóxicos engendrados pelos bancos e pelos
especuladores sem escrúpulos; manteve a economia americana no rumo certo, e
soube exigir aos banqueiros refinanciados a devolução do dinheiro pago pelos
contribuintes americanos.
Num dos períodos mais difíceis da história dos EUA, Obama compreendeu
o enorme simbolismo das fábricas de automóveis e o valor que elas têm para a
identidade coletiva dos americanos e não deixou morrer a industria automóvel; o
slogan "GENERAL MOTORS IS ALIVE, BIN LADEN IS DEAD", é o verdadeiro
retrato do mandato Obama.
Também demonstrou de forma categórica que defende os
interesses nacionais, aquando do desastre na plataforma da BP, a Deepwater
Horizon, em 2010, no Golfo do México, que afetou profundamente toda a costa do
Louisiana, do "bayou" de New Orleans, à baía de St. Louis, no
Missouri. Obama exigiu que a BP pagasse todos os prejuízos e
indemnizações nas zonas afetadas pelo derramamento de petróleo, provocado pela
rotura no poço.
Nos últimos dias o Presidentre soube acompanhar muito de
perto os acontecimentos provocados pelo furacão Sandy, e segundo os relatos da
imprensa teve um desempenho excecional; que por sinal foi amplamente elogiado
pelo governador de New Jersey, Chris Christie, membro do partido rival, o Partido
Republicano.
A sua atuação na política externa também tem sido de
excelência. Dois exemplos apenas: a distensão das relações com Cuba, ao
libertar vistos, remessas de dinheiro e viagens para essa ilha. Ao proporcionar
a Cuba que enveredasse por um caminho de cooperação amigável. A bola está agora
do lado do governo cubano, que teima em manter o isolamento contra toda a
lógica racional.
O encerramento da prisão de Guantanamo, como foi a sua
promessa na campanha pré-eleitoral de 2008, seria uma boa medida, mas traz
consigo implicações de vária ordem, que escapam ao controlo do Presidente, temos
de concordar. Barack Obama mandou regressar as tropas do Iraque e até 2014 as
tropas americanas também sairão do Afeganistão. Por vontade sua terminou o
tempo em que os homossexuais eram excluídos do exército e o célebre conceito
"Don´t ask, Don´t tell", ficou enterrado para sempre neste mandato. Ao
distanciar-se do primado da guerra, abriu uma nova perspetiva de paz e
desenvolvimento, evitando gastos desmesurados para o orçamento da defesa e
tragédias inimagináveis para as famílias americanas, ao mesmo tempo que canaliza
esses recursos para projetos de criação de milhões de empregos dentro das
fronteiras da Federação.
Ele estendeu a mão aos muçulmanos mais radicais, ao visitar
a Universidade do Cairo, e aí proferir um eloquente discurso, logo depois da
sua investidura como Presidente dos EUA; e soube manter o sangue frio de um verdadeiro
general, ao comandar a incursão do comando "SEAL", dentro do
Paquistão, na caça e morte de Bin Laden, sem parangonas, sem embandeirar em
arco, nem usar a morte do maior inimigo da América como glória pessoal, e sem
reivindicar para si próprio os louros da vitória.
Por tudo isto, ilustres amigos americanos, penso que deverão
dar a Barack Obama a oportunidade e a honra para mais quatro anos de mandato.
Será o justo prémio que poderão conceder, a quem durante todo este tempo não se
afastou um milímetro que fosse dos propósitos da boa governação, dos valores
familiares, de quem não se conhecem outros interesses para além dos deveres e
obrigações do político para com a nação, e de lealdade ao povo americano.
So,
Vote Barack
Obama
God Bless
You, God Bless America
Thank YouJ.L.F.
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